Gilvan de Souza Pereira terá que aguardar o julgamento do recurso na prisão
Gilvan de Souza Pereira, 22 anos, conhecido como Gilsinho, foi condenado nesta terça-feira, 19, a 25 anos de prisão em regime fechado, pelo assassinato do estudante Gustavo Barbosa da Silva, 17 anos, aluno do 3º ano do Colégio Impacto.
A decisão foi tomada por maioria de votos pelos jurados do 3º Tribunal do Júri de Belém, presidido pela juíza Ângela Alice Alves Tuma. Na sentença, a juíza não concedeu ao réu o direito de recorrer em liberdade e ele continuará recolhido à penitenciária onde já estava preso.
A tese de homicídio qualificado foi defendida pela promotora de Justiça Rosana Cordovil, com assistência dos advogados Igor Bruno de Miranda e Geraldo Melo da Silva.
Entre as testemunhas de acusação, dois colegas da vítima que presenciaram a execução, mas não compareceram para depor. Dois policiais civis que investigaram o crime prestaram informações aos jurados sobre como chegaram aos denunciados.
Lauro Orlando Lima da Silva, pai de Gustavo, relatou que ao saber que o filho tinha sido baleado foi ao local socorrê-lo e o levou, ferido, de carro a um hospital particular, mas ele morreu a caminho.
Ao ser interrogado, o réu negou ter cometido o crime e disse que lhe atribuíram a autoria porque conhecia a vítima, a quem acusou de cometer “delitos e que poderia ter sido vítima de justiceiros ou por acerto de contas”. O réu não apresentou ao júri ocorrência policial ou registro de processo na Justiça que amparassem sua versão dos fatos.
Testemunhas afirmaram que réu e vítima se conheciam de torneios de futebol de rua. O crime ocorreu em 28 de março de 2013, em um conjunto habitacional, onde Gilvan de Souza fez o disparo que atingiu a cabeça do estudante. Segundo os autos, o motivo do assassinato está ligado ao fato de Gustavo ter um relacionamento com a namorada de um traficante conhecido como “Naipe”, preso em Americano. A morte do adolescente foi decidida dentro da cadeia.
Sebastião Ailton da Silva, outro acusado de participar do crime, recorre da sentença de pronúncia para não ser submetido a júri. Sebastião Ailton é acusado de ter dado fuga, de carro, a Gilvan de Souza Pereira, logo após o assassinato.