Motivo do crime seria passional
A Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Ananindeua, pela qual responde o juiz Márcio Campos Barroso Rabelo, vai levar a júri popular, no dia 2 de agosto deste ano, o primeiro dos quatro acusados de participação no crime de triplo homicídio que ficou conhecido como a Chacina da Ilha de João Pilatos, localizada na região de ilhas no entorno do município de Ananindeua. O réu João Carlos Cunha da Silva será julgado na condição de partícipe do crime, uma vez que foi denunciado pelo Ministério Público como o proprietário e condutor da embarcação que transportou os outros três acusados para o cometimento dos assassinatos.
De acordo com o processo, na madrugada de 16 de maio de 2011, as vítimas Andrey da Rosa Saldanha, à época com 18 anos, e os irmãos Edinaldo Castro da Silva, 24 anos, e Reginaldo Castro da Silva, 19 anos, foram assassinados com vários disparos de pistola na casa em que residiam, a qual foi invadida pelos acusados Thiago Damasceno Navegantes, Davi Navegantes Farias, Ezequias Navegantes dos Santos e João Carlos.
O motivo do crime, conforme a denúncia do MP, seria passional, já que Thiago não se conformara com o término do namoro com a então adolescente E. S. S. a qual passou a manter um relacionamento amoroso com a vítima Reginaldo. Na ação penal, várias testemunhas apontaram o envolvimento de Thiago, que havia enviado várias mensagens de ameaça via celular a Reginaldo.
João Cunha, cujo processo foi desmembrado dos outros três acusados, foi o único dos réus que não recorreu da sentença de pronúncia (que determinou que os denunciados sejam submetidos a julgamento popular). Os demais interpuseram recurso em sentido estrito em maio deste ano, que será apreciado no Tribunal de Justiça do Pará.