Réu nega o crime e disse que estava numa festa em outro município
O vendedor ambuilante Fabio da Silva Tiradentes, 23 anos, foi condenado a 16 anos de prisão pelo assassinato de Pedro Sidene Pacheco de Souza, 35 anos. Jurados do 1º Tribunal do Júri de Belém sob a presidência do juiz Edmar Pereira acolheram a tese da acusação de que o réu foi co-autor do crime cometido juntamente com Zaqueu Rufino de Oliveira. A pena base fixada em 17 anos de prisão foi reduzida um ano por ser o réu menor de 21 anos à época do crime. O defensor público Alessandro Oliveira sustentou insuficiência de provas e negativa de autoria, mas a tese foi rejeitada pelos jurados.
Também responde pelo crime Zaqueu Rufino de Oliveira, porteiro em uma clínica, cunhado de Fábio. Acusado de ter efetuado os disparos contra a vítima, o primeiro acusado teve o júri desmembrado e será julgado em outra sessão. O julgamento começou às 8h, no plenário do júri do Fórum de Belém, e nenhuma das três testemunhas arroladas pela acusação compareceu para depor. Em interrogatório, o réu negou a autoria do crime e disse que, no dia e hora do ocorrido, estaria numa festa de aniversário da sogra, no município de Santa Izabel.
O promotor de justiça José Rui Barbosa exibiu aos jurados a gravação da audiência em que uma testemunha presencial, moradora da passagem onde ocorreu o crime, confirmou que o réu e Zaqueu agarraram e arrastaram a vítima até a rua, onde foi agredida a socos e pontapés. A moradora da passagem disse ter ouvido disparo de revolver contra a vítima e que teria sido feito por Zaqueu, pois ele estava com um revólver na cintura.
O crime ocorreu na manhã do dia 07 de setembro de 2011, numa passagem no bairro do Tapanã. Os disparos atingiram a vítima na cabeça, no pescoço e no tórax.
A motivação do crime seria vingança. Supostamente, Pedro teria assaltado a residência de Zaqueu, a mando de Rose, conhecida usuária de drogas naquele bairro.