Os jurados do 3º Tribunal do Júri de Belém, presidido pela juíza Ângela Alice Alves Tuma, votaram nesta segunda-feira, 27, pela condenação do réu confesso, Deybson Assunção de Araújo, 30 anos, conhecido como “Fofinho”, por ter causado a morte de Edyr José Vieira Moraes, 27 anos.
Por maioria dos votos, os jurados acataram a tese de desclassificação sustentada pela promotora Rosana Cordovil, de homicídio qualificado para homicídio privilegiado, pois “Fofinho” teria sido atacado primeiro por Edyr Moraes. A desclassificação também foi apoiada pelo defensor público Rafael Sarges. O réu recebeu uma pena de 06 anos e onze meses de reclusão, em regime inicial semi-aberto, e poderá recorrer da sentença condenatória em liberdade.
Presentes ao júri, o pai e a viúva da vítima confirmaram ter sido o acusado o responsável pelos dos disparos. A viúva de Edyr Moraes contou que a briga entre ele e Deybson ocorreu em razão do sobrinho da vítima, de 14 anos, ter sido levado pelo réu para fazer um assalto. O adolescente fora pego e espancado por populares, o que o deixou com diversas sequelas neurológicas, enquanto Deybson conseguiu fugir com o produto do roubo.
Em seu interrogatório, Deybson de Araújo declarou que conhecia Edyr Moraes por também ser morador da passagem Napoleão Laureano. O réu confessou que fez os disparos contra a vítima porque foi lesionado por ela antes, mas, não revelou o motivo do desentendimento, alegando não lembrar, e que todos estavam sob efeito de bebida alcoólica.
Conforme a acusação, Edyr Moraes teria atingido o réu com um terçado durante uma briga entre ambos. Ferido, “Fofinho” procurou atendimento no Pronto Socorro e, após algumas horas, se armou de revólver e fez disparos contra a vítima, que estava bebendo com um vizinho.
O crime ocorreu por volta das 08hs, do dia 29 de outubro de 2007, na passagem Napoleão Laureano, no bairro Guamá, em Belém. Consta na peça acusatória que a vítima fora atingida por disparos de arma de fogo, quando estava bebericando com vizinhos.