Crime foi tratado pela polícia inicialmente como latrocínio
Está marcado para 27 de janeiro o júri de Savana Barbosa da Cruz, amapaense, 34, e Raimundo Nonato Ferreira dos Santos, maranhense, 36, acusados da morte do vigilante Joelson Ramos dos Santos, decapitado e esquartejado num quarto de motel em Ananindeua, município da Região Metropolitana de Belém. O júri será realizado no fórum de Ananindeua, onde tramita o processo.
Os réus respondem por homicídio qualificado, furto qualificado, destruição, subtração e ocultação de cadáver. A sentença de pronuncia foi proferida no último dia 24 de setembro pelo juiz Márcio Campos Barroso Rebello, que responde pela 6ª Vara da Comarca de Ananindeua.
Atua no processo em conjunto com o representante da promotoria criminal o advogado Ruy Sérgio Gomes Romão. O réu está sendo assistido pelo advogado Raimundo Nonato Ferreira dos Santos. A defesa está sob a responsabilidade da advogada Lygia Barreto Cypriano. Os dois, que nos interrogatórios prestados se acusam mutuamente, respondem ao processo presos.
Consta da acusação que a denunciada teria convencido a vítima a mudarem de cidade para abrir uma lanchonete em Macapá (AP). Durante meses, a vítima passou a mandar objetos e eletrodomésticos para adiantar a suposta mudança. Quando Joelson conseguiu adquirir as passagens para mudar com a mulher de Estado, a ré e seu amante decidiram matá-lo para se apropriar dos bens da vítima.
Conforme a acusação, no dia do crime, ocorrido em 12 agosto de 2011, os acusados se hospedaram num motel, em apartamentos distintos, tendo a ré atraído Joelson até o local. Quando a vítima chegou, a mulher deu um sinal por telefone para o amante, que estava no quarto ao lado. Raimundo Nonato, então, foi até lá e desferiu diversas facadas na vítima, decapitando e esquartejando o corpo de Joelson. A vítima teve as falanges dos dedos cortados e despejadas no vaso sanitário. Os restos mortais foram dividas em sacolas de supermercado e despejado em locais distintos.
Após o crime, os denunciados teriam se dirigido ao terminal rodoviário de Belém. Raimundo Nonato teria ido até casa da vítima para subtrair os bens que restavam, enquanto a ré efetuou saque em dinheiro da conta bancária de Joelson, mas foram descobertos e presos durante a ação.