Roberta Sandreli Rolim, condenada por envolvimento na morte da menina Marielma de Jesus Sampaio, de 11 anos, voltou nesta terça-feira, 24, a cumprir pena em regime fechado. Ela estava foragida há três meses e foi recapturada. Após progressão, Roberta já se encontrava em regime semiaberto, quando saia para trabalhar durante o dia e voltava pela parte da noite para o Centro de Recuperação Feminino (CRF) do bairro do Coqueiro, em Ananindeua.
Roberta foi condenada a 33 anos de prisão, dos quais já cumpriu 11. De acordo com a 1ª Vara de Execuções Penais do Tribunal de Justiça do Pará (TJPA), ela cumprirá a pena em regime fechado até dezembro de 2019. Foi a terceira fuga registrada da apenada.
Já Ronivaldo Guimarães Furtado, à época do crime marido de Roberta Sandreli, foi condenado a 48 anos de prisão por uma série de crimes cometidos contra Marielma, incluindo tortura e homicídio qualificado. Ele já cumpriu 10 anos. Estava em regime semiaberto e, atualmente, encontra-se foragido.
O crime – O assassinato de Marielma teve repercussão internacional e foi denunciado na Organização Internacional do Trabalho (OIT). Ela era filha de lavradores e foi entregue pela mãe ao casal, para estudar e trabalhar de babá. Em troca, a família receberia, mensalmente, uma cesta de alimentos.O laudo sobre as causas da morte da menina aponta sinais de tortura e espancamento. Os exames também comprovaram que a babá foi vítima de abuso sexual. O delito aconteceu no dia 12 de dezembro de 2005.