Juiz de Ananindeua pronunciou a mulher e o amante
Savana Nathalia Nonato Barbosa da Cruz, amapaense, 34 anos, e Raimundo Nonato Ferreira dos Santos, maranhense, 36 anos, acusados da morte de Joelson Ramos de Souza, assassinado, decapitado e esquartejado num quarto de motel, em Ananindeua, em 2011, foram pronunciados para julgamento na 6ª Vara Criminal da Comarca de Ananindeua. Os réus vão responder por homicídio qualificado, furto qualificado, destruição, subtração e ocultação de cadáver. A data do júri ainda não foi definida.
A sentença de pronuncia foi proferida pelo juiz Márcio Campos Barroso Rebello, que responde pela 6ª Vara da Comarca de Ananindeua. Atua no processo em conjunto com o representante da promotoria criminal o advogado Ruy Sérgio Gomes Romão. O réu está sendo assistido pelo advogado Raimundo Nonato Ferreira dos Santos. A advogada Lygia Barreto Cypriano fará defesa da ré. Nos interrogatórios, os dois réus, que respondem ao processo presos, se acusam mutuamente.
Depoimentos colhidos na instrução do processo dão conta que a ré mantinha um relacionamento afetivo com a vítima e ao mesmo tempo com Raimundo Nonato Ferreira dos Santos. Consta da acusação que a denunciada teria convencido a vítima a mudarem de cidade para abrir uma lanchonete em Macapá/Amapá. Durante meses, a vítima passou a mandar objetos e eletrodomésticos para adiantar a suposta mudança. Quando a vítima conseguiu adquirir as passagens para mudar com a mulher de Estado, a ré e seu amante decidiram matá-lo para se apropriar dos bens da vítima.
Conforme a acusação, no dia do crime, em 12 agosto de 2011, os acusados hospedaram-se num motel em apartamentos distintos e Savana atraiu a vítima até o local. Quando Joelson chegou, a mulher avisou o amante, que entrou e esfaqueou a vítima. Joelson foi decapitado e esquartejado, as falanges dos dedos cortados e despejadas no vaso sanitário. As demais partes do corpo foram dividas em sacolas de supermercado e despejadas em locais distintos para dificultar a descoberta do crime.
Depois, os denunciados teriam se dirigido ao terminal rodoviário de Belém e, de lá, Raimundo Nonato teria se dirigido à casa da vítima para subtrair os bens que restavam, enquanto a Savana sacava dinheiro da conta bancária da vítima. Os dois foram descobertos e presos durante a ação.