Terceirizados e reeducandos têm duas horas livres para leitura
Trabalhadores terceirizados e reeducandos do projeto Começar de Novo que atuam no Judiciário paraense participaram, nesta sexta-feira, 29, do lançamento oficial do projeto Leitura Livre, do Tribunal de Justiça do Pará (TJPA), que prevê a liberação desse público por duas horas, na última sexta-feira de cada mês, para leitura. Todos têm acesso aos livros e às revistas do projeto, no salão da Biblioteca Des. Antônio Koury ou podem recebê-los via malote, quando exercem suas atividades em outras unidades do Judiciário. Nesta manhã, a atividade foi conduzida por duas mediadoras do Espaço Cultural Nossa Biblioteca, do bairro do Guamá.
Além de disponibilizar livros, o projeto incentiva atividades lúdicas no universo da literatura, como a contação de histórias. “Temos o hábito de ler para nós mesmos. Outra situação é a forma de ler para os outros, como uma poesia, que é diferente. Com o projeto, aprendemos a ler com as pontuações e passamos a ser mediadores”, disse a terceirizada Joseane Rodrigues, frequentadora da biblioteca do TJPA.
A terceirizada Acione Costa soube do projeto por meio de uma servidora. “Acho interessante, porque desperta o interesse pela leitura. Às vezes, não tenho vontade, mas o projeto nos incentiva a vir mais vezes na biblioteca”, disse. O reeducando Alexandre Castro considerou importante a iniciativa. “Está sendo uma ótima oportunidade. Como é um projeto, tem um tempo determinado. A partir do momento que terminamos o nosso trabalho aqui, saímos para dar oportunidade de outros participarem”, completou.
Atualmente, mais de 25 terceirizados e reeducandos estão cadastros no projeto. Todas as leituras serão registradas pela Biblioteca e as informações serão encaminhadas à Superintendência do Sistema Penitenciário do Estado do Pará (SUSIPE), no caso dos reeducandos.
O Leitura Livre foi lançado no final de 2015 para incentivar a prática da leitura no Poder Judiciário por meio do empréstimo sem burocracia. “Esse é um acervo especial composto de obras literárias oriundos de doação. No seu local de trabalho, eles podem ter acesso à cultura e ao conhecimento, além de expandirem o seu olhar de mundo, que são proporcionados pela leitura”, explicou a chefe do Serviço de Referência Bibliográfica, Elaine Ribeiro.
Ainda de acordo com a servidora, o projeto teve boa receptividade tanto pela parte dos servidores quanto dos terceirizados. “Os contos e os romances são os mais procurados”, revelou.
As atividades também atendem à Resolução 201/2015, do Conselho Nacional de Justiça, que prevê a adoção, pelo Poder judiciário, de medidas de valorização, satisfação e inclusão do capital humano da instituição, em ações que estimulem o seu desenvolvimento pessoal e profissional, pois, a assistência educacional ao egresso facilitar seu retorno ao convívio social.
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