Objetivo é fomentar a cultura do diálogo
A feira de conciliação realizada no último sábado, 23, encerrou com 116 acordos, o que representa 79% do total de negociações feitas entre cliente e Banco. Das 220 audiências agendadas para a conciliação, 153 foram realizadas, nas demais os clientes não compareceram. A principal demanda apresentada pelos clientes para negociação foi a reparação de dano moral e material.
A ação, cujo objetivo é solucionar, por meio de acordos, os processos que tramitam nas Varas Judiciais, foi promovida pela Coordenação dos Juizados Especiais do Tribunal de Justiça do Pará (TJPA), em parceria com o Banco do Brasil, e ocorreu no prédio da Coordenação dos Juizados Especiais, na Avenida Almirante Tamandaré.
Uma equipe com sete magistrados e sete conciliadores, em 14 mesas de audiência, realizou os atendimentos de conciliações entre banco e cliente. As partes envolvidas foram notificadas antecipadamente dos horários das audiências para agilizar o atendimento.
O advogado Renato Travassos de Freitas estava com o processo judicial há dois anos na Vara dos Juizados Especiais, período em que houve uma audiência, mas sem acordo. Hoje, ele conseguiu fazer a negociação com a instituição. “o Banco fez uma proposta para mim e eu fiz uma contraproposta e Banco aceitou. A conciliação foi tranquila, houve um diálogo, avalio o acordo como satisfatório”, disse.
De acordo com o representante da Assessoria Jurídica do Banco do Brasil no Estado do Pará e Amapá, Thiago Quintino, a conciliação é a melhor forma de solução dos conflitos, “o resultado dessa ação é a diminuição das ações contra o Banco e, consequentemente a fidelização do cliente a medida que eles ficam satisfeitos com o acordo. O objetivo da instituição é prestar cada vez mais um bom atendimento ao cliente para evitar novas demandas judiciais, além de melhorar a satisfação desse cliente”, afirmou o advogado.
Para a Coordenadora dos Juizados Especiais do TJPA, desembargadora Diracy Nunes, “a ação tem o objetivo de levar às partes a solucionar os conflitos através da conciliação, que é a melhor maneira de solucionar um litígio, além de contribuir para o desafogamento do Judiciário finalizando demandas”, ressaltou a magistrada.
A previsão é que em novembro deste ano seja realizada mais uma feira de conciliação, com outras empresas que apresentam demandas nas varas Judiciais. Enquanto aguardavam o atendimento, as pessoas puderam prestigiar o museu sobre rodas do TJPA, que levou a história do Judiciário Paraense para a feira.