Crime ocorreu em terreiro de Umbanda
Os jurados do 2º Tribunal do Júri de Belém, presidido pelo juiz Raimundo Moisés Alves Flexa,condenaram, na última quarta-feira, 16, a 23 anos de prisão o réu José Vagner dos Reis Raposo, 23 anos, conhecido por Orelha. Ele é acusado de matar a tiros de revolver o eletricista Reginaldo dos Souza em em 8 de agosto de 2010, quando a vítima estava consertando uma fiação elétrica no terreiro do "Pai César". A pena será cumprida em regime inicial fechado, conforme prevê a legislação penal.
O defensor público, Alessandro Oliveira, sustentou a tese de negativa de autoria, com base nas declarações do réu. Ao ser interrogado, Orelha confirmou que conhecia o eletricista mas que não teria sido o autor dos disparos. Orelha disse ainda que no local do crime, no bairro da Sacramenta, periferia de Belém, haveria outros jovens também conhecidos por Orelha e que por isso a polícia teria capturado ele.
Para Edson Souza, promotor da 2ª vara do júri, não restou dúvidas da autoria do crime. Ao se manifestar, o representante do Ministério Público requereu aos jurados a condenação do réu, pelo crime de homicídio qualificado, com pena prevista de 12 a 30 anos. A promotoria se baseou nos depoimentos de testemunhas do processo e das duas testemunhas que compareceram em plenário do júri.
Segundo as testemunhas, pai César chamou a vítima para fazer uma instalação elétrica no templo religioso. Após concluir a tarefa, Pai César teria servido cerveja ao eletricista. Conforme as testemunhas, após ter seu copo de cerveja Orelha sacou a arma de fogo e atingiu o trabalhador com três tiros de revólver.