As mudanças de hábitos provocados pela pandemia têm um capítulo especial na área da prevenção: a saúde bucal. Para orientar servidores e servidoras, magistrados e magistradas, a Coordenadoria de Saúde do Tribunal de Justiça do Pará (TJPA) criou um folder explicativo com orientações de escovação, higienização da língua e uso de enxaguatório bucal.
A transmissão do coronavirus ocorre por meio de disseminação de gotículas de saliva e secreções provenientes de pessoas portadoras do vírus SARS-CoV-2, sendo as mucosas dos olhos, do nariz e da boca as principais portas de entrada para o microorganismo. No caso específico da cavidade oral, o vírus encontra-se concentrado na saliva, gengiva e língua, configurando-se a boca uma fonte de alto risco de transmissão. Dessa forma, a deficiência nos cuidados de higiene bucal também pode potencializar a transmissão e os efeitos da Covid-19 no organismo, uma vez que é grande a replicação do vírus em glândulas salivares, língua e saliva.
A higienização bucal frequente, o uso do fio dental e de colutórios são eficientes ações que, além de manter a higiene bucal, previnem a disseminação da infecção. No entanto, durante a escovação, é preciso tomar cuidados adicionais, principalmente em residências onde vários familiares frequentam o mesmo banheiro:
• Primeiramente deve-se levar em consideração o rigor da lavagem das mãos antes da entrada na residência e principalmente antes da manipulação da cavidade bucal para a escovação dentária e uso do fio dental.
• A secagem das mãos deve ser realizada com toalhas individuas, sendo preferível a utilização de toalhas de papel.
• Após a escovação deve-se realizar a higienização da escova de dentes com clorexidina a 0,12 % por cerca de cinco minutos e armazenagem individual, isolada, das escovas de outros familiares a fim de evitar a contaminação cruzada.
• Após o processo de higiene bucal a área da pia, espelho e adjacências, onde estão concentrados os respingos da saliva, devem ser higienizados com lenços desinfetantes descartáveis.
Caso haja pessoas sabidamente doentes, a área de higienização bucal do doente (banheiro) também deve preferencialmente ser exclusiva. Caso não seja possível, os cuidados de desinfecção das superfícies devem ser redobrados. Da mesma forma as superfícies do local do isolamento do doente devem ser desinfetados com produtos virucidas adequados.
Pelo fato de o consultório odontológico ser um local de alto potencial de disseminação do vírus, caso não sejam respeitados os protocolos específicos de biossegurança, deve-se buscar o atendimento preferencialmente em situações mais urgentes aguardando o momento mais oportuno para a realização dos tratamentos eletivos.
Vale lembrar que o uso de máscara diminui consideravelmente a propagação da infecção pelo doente, além de proteger, como barreira física, o indivíduo de eventual contaminação por terceiros.
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