A Vara de Violência Doméstica da Comarca de Santarém promoveu nesta segunda-feira, 30, uma reunião virtual com alunas de cursos profissionalizantes do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (SENAC). A reunião faz parte da capacitação promovida pelo projeto Mãos EmPENHAdas”, que busca sensibilizar profissionais da área da beleza de Santarém para que sejam agentes multiplicadores de informação no combate à violência doméstica e familiar contra a mulher.
Na ocasião, as alunas assistiram a palestras da juíza Carolina Cerqueira de Miranda Maia, titular da Vara de Violência Doméstica de Santarém, da pedagoga Riane Freitas, da Coordenadoria Estadual de Mulheres em situação de Violência Doméstica e Familiar (Cevid), do Tribunal de Justiça do Pará (TJPA) e da psicóloga Margarete Muniz, lotada na Vara de Violência Doméstica de Santarém, sobre questões de violência de gênero, formas de reconhecer agressões, bem como meios de denúncia e formas de acesso ao sistema de Justiça para as vítimas.
Segundo a juíza Carolina Maia, o projeto promove uma troca de de ideias para que a Vara de Violência Doméstica entenda as demandas dos profissionais da área da beleza, que trabalham em espaços frequentados regularmente por muitas mulheres, onde ocorrem troca de ideias e falas abertas sobre o cotidiano, relações sociais e familiares de modo informal, e que potencialmente são ambientes onde os sinais que indicam que a mulher sofreu violência podem ser percebidos. O projeto Mãos EmPENHAdas” foi iniciado pelo Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul (TJMS) e em Santarém chega à quarta edição, abrangendo também Belterra e Mojuí dos Campos.
Entre outros tópicos, as palestrantes abordaram a aplicação lei Maria da Penha; os cinco tipos de violência: física, psicológica, moral, sexual e patrimonial; os estágios do ciclo da violência; a diferenciação entre gênero, sexo e orientação sexual e o machismo como valor educacional, que constitui a associação social de papeis de comando ao masculino e de obediência ao feminino, e é considerado fator determinante para a ocorrência da agressão a mulheres motivada pelo gênero.
O projeto ainda conta com parcerias do Ministério Público Estadual, Defensoria Pública Estadual. Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), DEAM, Polícia Militar, Centro Especializado de Atendimento à Mulher em Situação de Violência de Santarém e Centro de Atenção Psicossocial II e III.