Iniciativa visa melhoria do clima organizacional
Magistrados gestores de unidades judiciais que foram atendidas no projeto Zona Restaurativa no Ambiente Organizacional, realizado pela Corregedoria de Justiça das Comarcas da Região Metropolitana de Belém (CJCRMB) nas ações de Correição Integrada, avaliaram a aplicação do referido projeto e os resultados obtidos. A avaliação ocorreu em reunião virtual realizada no dia 7 de outubro, presidida pela desembargadora Maria de Nazaré Saavedra Guimarães, corregedora da CJCRMB, que apontou como satisfatória a análise feita pelos magistrados, ressaltando que a prática restaurativa proposta pelo projeto está atendendo as perspectivas da gestão.
Conforme o relato dos gestores das unidades judiciais, as práticas circulares no ambiente organizacional trouxeram a desmistificação da ideia de tensão que pode passar uma unidade em correição, além de proporcionar um espaço de escuta de sentimentos, que os permitiu conhecer melhor as pessoas com quem trabalham.
A desembargadora Nazaré Saavedra explicou que o projeto está alinhado ao Planejamento Estratégico do Poder Judiciário do Pará no macrodesafio Melhoria de Gestão de Pessoas, e considera não só os aspectos relacionais individuais, mas principalmente os comunitários, e também atende à Política Nacional de Gestão de Pessoas, definida e regulada pela Resolução CNJ nº 240/2016. A corregedora ressaltou ainda que “a execução do projeto, com a difusão das práticas, coaduna-se com a Política Nacional de Atenção Integral a Saúde de magistrados e servidores (Resolução nº 207/2015/CNJ), eis que uma relação de trabalho equilibrada reflete no clima organizacional, no bem-estar pessoal e, por fim num melhor desempenho, com melhor atendimento ao jurisdicionado e à comunidade”.
Coordenadora do projeto, a juíza Rubilene Silva Rosário explicou que a reunião com os magistrados “foi importante porque ouvimos dos colegas a importância do projeto, como ele fortaleceu os vinculos dos gestores e servidores, e como trabalhar o clima organizacional melhora a produtividade, tanto dos magistrados como dos servidores. Passamos muito tempo no trabalho, então trabalhar o clima organizacional é muito importante, as relações interpessoais fluem, a energia é boa. Esse projeto é uma extensão e visa restaurar os conflitos interpessoais, atendendo os princípios da justiça restaurativa”.
Complementou a coordenadora que “a corregedoria não está preocupada apenas com a questão processual, com a produtividade, mas também com as relações interpessoais dos gestores com os servidores, com a saúde mental de todos”. A próxima etapa do processo avaliativo da aplicação do projeto será a realização de reunião virtual com servidores atendidos pelo projeto.
Ao todo, 12 unidades judiciárias receberam as atividades de Correição Integrada e do projeto Zona Restaurativa, dentre varas cíveis, de família, de infância e juventude e de violência contra a mulher. Da reunião com a Corregedoria, participaram os juízes Gláucio Arthur Assad, João Augusto Figueiredo de Oliveira, Luciana Maciel Ramos, Shérida Pacheco Teixeira, Silvia Helena Torres Mendes e Vanessa Ramos Couto.